Paraninfo

Um texto para a turma de publicidade e propaganda da UNIPAM, em Patos de Minas.

Amor

Hoje eu queria falar de amor.
Sim, amor. Amor pra mim é a grande chave do sucesso para qualquer pessoa.
Seja no relacionamento, seja em seu próprio negócio, seja na sua profissão.
O amor faz amizades se tornarem eternas.
O amor faz bandas, como os Beatles, criarem músicas que os tornaram eternos.
O amor é o principal combustível criativo de um publicitário.
Definir nossa profissão é simples: somos resolvedores de problemas.
E se foi essa a profissão que vocês escolheram, só lhes restam morrerem de amores por ela.
Morrer de amor pelos problemas.
Não haverá um dia se quer que algum cliente, ou empresa, lhe passe um trabalho,
ou no nosso linguajar americanizado, um job que seja feliz.

Sua função, de agora em diante é puramente resolver problemas.
E a cada problema resolvido, esse laço de amor vai ser tornar ainda mais forte.
Talvez sejamos loucos. Tanto problema na vida e a gente ainda escolhe resolver o problema dos outros.
E como o amor é a chave de tudo, nunca, jamais, trabalhe unicamente pelo dinheiro.
Quem ama, não trabalha por dinheiro.
A gente sabe quem na verdade faz isso.
Mas ame, faça tudo com muito carinho, que o sucesso um dia aparece, assim como o amor da sua vida.
E pra exemplificar o quanto o amor pelo que você faz é o mais importante, eu gostaria de ler um pequeno texto, de um dos maiores redatores do nosso país.

John Michael Osbourne trabalhava como abatedor em uma fazenda de criação de porcos. E, apesar de mais tarde ele ter comido alguns morcegos em seus shows, naquele momento da sua vida matar porcos lhe parecia repugnante. Ele odiava o emprego. E amava música. E, num ato de extrema coragem, decidiu arriscar. Largou o certo pelo incerto e foi investir em uma carreira musical. Sorte a dele. Sorte a nossa. Ozzy Osbourne se transformou em um dos maiores nomes da história do rock and roll. E, segundo ele mesmo, se permanecesse no emprego de abatedor por mais tempo, provavelmente, teria enlouquecido.
Se Ozzy Osbourne tivesse enlouquecido, talvez fosse internado no mesmo hospício onde Michael Philip Jagger trabalhava como porteiro. Sim, Mick Jagger foi porteiro de hospício. Mas ele odiava o emprego. E amava música. E num ato de extrema coragem, decidiu arriscar. Largou o certo pelo incerto e foi investir em uma carreira musical. Sorte a dele. Sorte a nossa. Sorte da Luciana Gimenez. Tudo bem que Jagger continuou cercado de loucos, mas se transformou em um dos maiores nomes da história do rock and roll. Se não tivesse arriscado, Jagger poderia estar até hoje trabalhando como porteiro de hospício. Ou poderia ter morrido de desgosto.
Se Mick Jagger tivesse morrido de desgosto, talvez fosse sepultado no mesmo cemitério onde Roderick David Stewart trabalhava como coveiro. Roderick odiava o emprego. E amava música. E num ato de extrema coragem decidiu arriscar. O coveiro sepultou a si mesmo para renascer Rod Stewart, um dos maiores nomes do pop mundial.
Evidentemente que não há nada de errado em ser coveiro, porteiro de hospício ou trabalhar em um abatedouro. Mas tem algo muito errado quando você não está fazendo aquilo que realmente ama.
A vida é muito curta para você passar doze horas em um escritório fazendo aquilo que odeia. Na verdade, a vida é muito curta para você passar doze horas no escritório. Mas isso já é outro assunto.


Esse é um texto de Rynaldo Goldim, redator publicitário.
É muito amor pela profissão que eu desejo pra vocês.
O Sucesso é apenas uma consequência do que você vão começar a fazer hoje.
Obrigado e e muito amor para todos.

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